Banda Filarmónica

 

 

 

 

Adolfo Monteiro de Sonsa, natural desta freguesia, profissão agricultor, proprietário da Quinta da Glória e da Quinta do Coqueiro, era conhecido por ser um grande impulsionador do progresso na terra de A-dos-Francos, o que o levou a fundar a Banda Filarmónica e anos mais tarde a construir um teatro.

                Teatro D. Palmira Bastos, edifício de construção feita em madeira, com uma arquitectura interior que ainda hoje é lembrada pelos habitantes com saudade.

                Este teatro, ficou com o nome da conhecida actriz devido a esta o ter inaugurado.

                É neste edifício, que posteriormente nasce a Sociedade Filarmónica de A-dos-Francos.

                Esta sociedade tem origem pela formação da Banda de música, que fez o seu primeiro concerto no dia 15 de Abril de 1906, um Domingo de Páscoa.

                Apôs o primeiro concerto, o Sr. Arthur Peixoto Ferreira Landal, filho do ilustre Visconde de Landal, com recente chegada à terra, por ser proprietário de vários terrenos de seu pai, porque também tinha um grande espírito de lutador a favor do progresso e da justiça, toma a iniciativa de lutar por mais instrução e progresso. Esta forma de estar e ser, leva-o a reunir com outros nomes de representação da terra, tais como, Adolfo Monteiro de Sonsa, já referido anteriormente, Padre José Pereira Simões, José Patrocínio de Oliveira, entre outros de que não há registo, para constituir um grupo de sócios em torno da Banda, ao qual deu o nome de Sociedade de Instrução Musical.

                Padre José Pereira Simões, nascido em Vila Nova de Ourém, veio para A-dos-Francos em 1904, onde iniciou a sua actividade religiosa.

                Era um homem dinâmico, mas acima de tudo tinha um grande coração, pois nos seus tempos livres, além de fazer agricultura e assumir a presidência da Junta de Freguesia, acompanhava as famílias, procurando sempre saber quais as suas maiores dificuldades, dando posteriormente o seu apoio moral, e em casos extremos acolhia-os matando-lhes a fome e a sede, com o pouco que tinha para si.

                Mas este homem de fé, e com grande compaixão pelo seu povo, não deixou de contribuir para o inicio da formação musical, e posteriormente, contribui também para a fundação da Sociedade.

                José Patrocínio de Oliveira, proprietário do terreno onde foi construído o Teatro, que passou a ser a sede da Sociedade posteriormente. O Sr. José Patrocínio de Oliveira, como também partilhava das mesmas ideias do Padre José Simões, do Sr. Arthur Landal, do Adolfo Monteiro de Sonsa, entre outros, dou-o o terreno onde foi edificado o Teatro. Por esta razão, é-lhe prestada homenagem no primeiro concerto.